Vi quando o Cordeiro quebrou o primeiro selo e ouvi um dos Serafins em voz de trovão, Vem. Foi aí que olhei e vi saindo um cavalo branco, sendo ele símbolo de grandes conquistas para o seu cavaleiro, que por sua vez trazia um arco junto a seu corpo. Recebeu uma coroa, mostrando que seria muito vitorioso em suas guerras.
Essas conquistas iniciadas com César Augusto, ainda iam se estender por muitos anos, até que aquele império terrível se esfacelasse. Hoje sei também que esse império, muito tempo depois, será ressuscitado antes da vitória final do Cordeiro e seus remidos.
E vi quando o Cordeiro quebrou o segundo selo. Ouvi o segundo serafim, Vem. Então entrou em cena um cavaleiro montado num cavalo vermelho, a guerra. Trazia ordem de tirar a paz da terra, tendo recebido, por isso mesmo, uma grande espada.
Quando o Cordeiro quebrou o terceiro selo, o terceiro serafim disse, Vem. Entrou no palco um cavaleiro montado em seu cavalo preto. Uma ordem saía do trono, um litro de trigo por um dia de trabalho e três litros de cevada por um dia. Cuidado com o vinho e o azeite. Sem dúvida, era o cavaleiro da fome.
O Cordeiro quebrou a seguir o quarto selo. Do mesmo modo, o quarto serafim disse, Vem. Um cavaleiro chamado morte apareceu montado em seu cavalo amarelo e recebeu autoridade para matar a quarta parte da terra. O amarelo de seu cavalo já prenunciava a morte, que é conseqüência natural de seus outros companheiros, ou seja, a conquista, a guerra e a fome.
Quando o Cordeiro quebrou o quinto selo, o cenário sofreu uma mudança significativa. Ouvi a voz daqueles que tinham sido mortos pela coragem de testemunhar em favor do Cordeiro, Oh, Soberano, Santo e Verdadeiro. Quando vais julgar e vingar o nosso sangue derramado pelos que habitam sobre a terra?
Aquele grande coral de mártires recebeu vestimentas brancas e longas, simbolizando que o Cordeiro é Justo e eles vitoriosos para sempre. E ouviram que deviam permanecer descansados porque a justiça só seria possível quando os seus irmãos ainda na terra também sofressem a mesma morte cruel que eles sofreram.
Aquelas vestes e aquelas palavras também falavam da ressurreição que todos os meus irmãos vão receber por ocasião da Volta do Cordeiro.
Então, o Cordeiro quebrou o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sistema solar foi drasticamente atingido, escurecendo-se o sol, a lua e a terra, estrelas caindo em grade número e estranho deslocamento dos acidentes geográficos.
Pessoas de todas as classes, línguas e nações, que não estavam preparadas para aqueles inesperados acontecimentos, ficaram apavoradas, suplicando,
Montes, esmaguem-nos! Rochas, escondam-nos da face do Pai e do Cordeiro!
Em tudo isso eu tive uma visão antecipada do fim do mundo.
INTERLÚDIO DO 7º SELO. Mártires na Glória. 144000
A visão que tive agora foi de quatro anjos encarregados de ferir o mar e a terra.
Outro anjo, subindo do lado do sol nascente que ilumina a humanidade, trazendo o selo de Deus em sua mão, passou a eles uma ordem especial, Não danifiquem a terra e o mar, por enquanto. Continuem retendo os quatro ventos da terra, até que sejam selados os 144000 que ainda vão receber o martírio por amor ao Cordeiro.
Esse número simbólico é o quadrado de doze, multiplicado mil vezes, o que expressa uma quantidade muito grande de pessoas. O retardamento dos ventos da calamidade é mais um dos incontáveis atos de misericórdia do Criador, à espera de que muitos se arrependam de seus pecados e conheçam a graça através do sacrifício do Cordeiro.
Nessa minha visão, vi também a totalidade dos remidos. Estavam de pé diante do trono e na presença do Cordeiro. Trajavam suas vestes de vitória e traziam palmas em suas mãos. Diziam,
Salvação ao nosso Deus, que está sentado sobre o trono, e ao Cordeiro.
Do mesmo modo, todos os anjos celestiais prestavam suas honras com estas palavras,
Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amem.
Nesse instante, um dos vinte e quatro conselheiros me perguntou,
Quem são estes vestidos de branco e donde vieram?
Eu respondi, Tu o sabes, meu Senhor.
Então ele explicou,
Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu santuário. E aquele que está sentado sobre o trono estará sempre presente com eles. Nunca mais terão fome nem sede, nem calor do sol cairá sobre eles. O Cordeiro que está no meio deles diante do trono os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima.
Assim que o Cordeiro quebrou o sétimo selo, o Céu ficou em silêncio por meia hora. Aquele silêncio dizia a toda a corte celeste que algo muito especial estava para acontecer.