PRELÚDIO ÀS 7 TROMBETAS / INTERLÚDIO DA 7a TROMBETA

PRELÚDIO ÀS 7 TROMBETAS / INTERLÚDIO DA 7ª TROMBETA
Terminado o silêncio, vi os sete anjos em pé diante de Deus. Receberam sete trombetas. Outro anjo estava junto do altar de Deus com um incensário em sua mão, onde foi despejado muito incenso, que são as orações dos amigos de Deus enquanto estavam na terra e por aqueles que ainda estão no planeta.

            Aquele mesmo anjo, depois de ter derramado todo o incenso sobre o altar, encheu o incensário de fogo e o lançou sobre a terra. Houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.

Ao toque da primeira trombeta, fogo e saraiva queimaram a terça parte da terra e das árvores, além de toda a erva verde.

Ao toque da segunda trombeta, uma enorme tocha de fogo, semelhante a um monte, se tornou em sangue, como também um terço das águas dos mares.

Ao soar da terceira trombeta, uma grande estrela chamada Absinto, ardendo também como uma tocha, caiu sobre a terça parte dos rios e fontes, matando muitas pessoas.

Ao soar da quarta trombeta, foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, que se escureceram com todos os astros em um terço de seu brilho.

            Uma águia voando pelo céu proclamava esta mensagem,
            Ai, ai, ai dos que habitam sobre a face da terra por causa do toque de trombeta dos três anjos que ainda não tocaram!

            Ao soar da quinta trombeta, uma estrela caiu do céu sobre a terra. Recebeu a chave do poço do abismo. Do poço saiu fumaça que escureceu o sol e o ar. Da fumaça saíram gafanhotos que, como escorpiões, feriram as pessoas que não tinham o selo de Deus em seus rostos. Isso durou cinco meses.

Quando isso acontecer no curso da História, essas pessoas buscarão a morte com todo o seu empenho, mas a morte fugirá deles. Os gafanhotos se pareciam com cavalos de guerra. Seus rostos tinham aspecto de pessoas. Os cabelos eram como os cabelos das mulheres. Seus dentes, como de leões. Suas caudas eram ferrões de escorpiões... O seu rei era o anjo do abismo, ou seja, o anjo da destruição...

            Ao toque da sexta trombeta, ouvi uma voz que saía do altar de ouro do trono, dizendo para o sexto anjo,
            Soltem os quatro anjos que se acham presos sobre o grande rio Eufrates.
            O número dos cavaleiros que atravessaram o grande rio para essa batalha era de duzentos milhões... Os cavalos tinham cabeças de leões. De suas bocas saía fogo, fumaça e enxofre... Por essas três pragas foi morto um terço das pessoas... Os cavalos tinham força em suas caudas semelhantes a serpentes.

            Hoje eu sei que num primeiro plano aquela fantástica visão representava a chegada do exército espartano, concretizando a derrota do império tirano. Mas num segundo plano, apontava para a derrubada do império do mal nos últimos tempos.

            Agora vou contar a coisa mais triste que sucedeu naquela batalha. As pessoas que escaparam não quiseram se arrepender de suas obras, nem abandonaram seus ídolos de ouro, prata, bronze, pedra e madeira, que não vêem, não ouvem nem andam. Também não se arrependeram de seus homicídios, bruxarias, prostituições e furtos!

INERLÚDIO DA SÉTIMA TROMBETA

            Nesse momento, fui levado a contemplar duas grandes visões.

            A primeira, um anjo poderoso desceu do céu, tendo o arco íris sobre a cabeça, ou seja, o símbolo da misericórdia divina, e colocou o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra, mostrando que sua autoridade era de caráter universal.

            Como prova da mesma total autoridade do anjo sobre a terra, sete trovões fizeram soar suas poderosas vozes, vozes que eu comecei a escrever, mas o mesmo anjo me ordenou,
            Não escrevas. Estas vozes ainda devem permanecer em segredo.

            Aquele mesmo anjo trazia nas mãos um pequeno livro. Ouvi então aquela voz do céu já minha familiar dizendo,
            Vá e pegue o livrinho das mãos daquele que está sobre o mar e a terra. E o portador do livro me disse, tome e coma. No seu estômago ele ficará azedo, mas na sua boca será doce como o mel.

Depois que eu apanhei e comi aquele livro, o mensageiro celestial acrescentou,
É necessário que você continue pregando a muitos povos, nações, línguas e reis...
Por estas palavras, logo pude concluir que se tratava do Evangelho Eterno, sintetizado por Mateus, João Marcos, o médico Lucas e por mim.

Aquelas palavras caíram como luva. As boas novas deste livro me adoçaram sempre a boca. Seus juízos me amargaram o estômago. O arrependimento de meus ouvintes me serviram de mel. Sua rejeição ao Cordeiro me queimaram como fel.

            Nesse momento recebi um caniço para medir o Templo de Deus com seu altar, contando também seus adoradores. Naturalmente essa missão era algo impossível, tanto pelo incalculável número dos verdadeiros adoradores, como também porque o próprio templo de Jerusalém já estava demolido desde 70, como o Cordeiro havia previsto.

            Recebi ainda esta ordem, Não meça a área universal do templo, porque foi concedida às nações, que pisarão a cidade santa por 42 meses.

            Aquela indefinição de templo e tempo, 3 anos e meio traduziam um tempo indefinido, tudo significando  portas abertas pelo Cordeiro para a salvação e adoração de pessoas de todos os povos, raças e línguas até sua gloriosa volta.

            Em seguida, ouvi a respeito de 2 testemunhas de Deus sobre a terra. Aquelas duas pessoas representavam os amigos do Cordeiro na terra. No princípio, vitoriosas como a igreja nascente, com grandes feitos e conquistas gloriosas. Em seguida, esmagadas e mortas, sem direito ao menos a uma sepultura, como aconteceu com meus irmãos em toda a terra, nas mãos do império mundial. Finalmente, as duas pessoas ressuscitaram, à semelhança do que aconteceu e continua acontecendo com o triunfante Evangelho.

            As duas testemunhas subiram ao Céu, vestidas por uma nuvem, sendo vistas por aqueles que as mataram.

            Houve um grande terremoto e caiu a décima parte da cidade. Muitas pessoas pereceram. Os sobreviventes disseram palavras de glória a Deus.

            Fiquei sabendo que ali terminava o segundo Ai! O terceiro se aproximava. Na verdade, esse Ai é o próprio derramar das 7 taças que logo iam cair sobre a terra, sendo a 7a. trombeta uma transição para elas.

            Quando o sétimo anjo tocou a sétima trombeta, as vozes celestiais, em conjunto, diziam,
            O reino do mundo passou a ser do nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para sempre!
            A vitória do reino do bem estava sendo antecipadamente comemorada. Foi nesta melodiosa antecipada que Hendel teve sua fonte de inspiração para o seu famoso Aleluia.
            A arca da presença de Deus foi vista no templo celeste, enquanto na terra houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e grande saraiva.